O Pequeno João
O livro, “O Pequeno João”, começa assim: "Vou te
contar uma coisa sobre o pequeno João. A minha história se parece com um conto
de fadas, mas tudo realmente aconteceu assim." João é um garotinho que
ama muito a natureza. Um dia ele encontra o elfo Filho da Madrugada no jardim.
Filho da Madrugada leva João para o reino dos animais. João está tão
entusiasmado com este mundo que gostaria de ficar lá para sempre.
Mas então Filho da Madrugada mostra também o mundo das
pessoas humanas. Por causa disso, e por causa do encontro com o gnomo Eussabia,
a garota Robineta, o Desfiador, o doutor Calculista, Henrique a Morte e,
finalmente, o Anônimo, o conto de fadas gradualmente se torna cada vez mais
sombrio e, finalmente, o João é confrontado com a escolha final: ele vai ficar
no mundo dos contos de fadas do Filho da Madrugada ou ele vai escolher entrar
no mundo dos humanos, onde "tristeza sem fim, cansaço e tristeza" o
esperam?
O Pequeno João é uma história simbólica sobre as etapas da
vida do homem e a busca pela felicidade. Cada um de nós pode ser o Pequeno
João!
Embora, inicialmente, o João só conhece novos amigos
maravilhosos através de sua imaginação, o livro logo assume um significado mais
profundo. A linguagem é muito simples e fácil de entender.
O livro vem de uma época quando leitura de livros era
obrigatória e quando histórias eram geralmente chatas, mas esta se assemelha a
um conto de fadas com um começo e um fim e é gostoso de ler. A história
não é muito prolixa. Característica desta época é uma descrição extensa do
ambiente. Isso é a única coisa que, às vezes, faz com que o livro, com o tempo,
possa tornar-se um pouco cansativo.
Autor: Frederik van Eeden (1860 – 1932),
“Frederik van Eeden foi um renomado psiquiatra, escritor e
estudioso neerlandês, nascido em 3 de abril de 1860 e falecido em 16 de junho
de 1932. Ele é amplamente conhecido por suas contribuições significativas para
a psicologia e por ser um dos fundadores do movimento conhecido como “Movimento
dos Oitentas” na literatura neerlandesa. Van Eeden também foi pioneiro no
estudo dos sonhos e é considerado um dos primeiros psicanalistas da história.”
“Nascido em Haarlem, nos Países Baixos, Frederik Willem van
Eeden era filho de um médico e cresceu em um ambiente intelectualmente
estimulante. Desde cedo, ele demonstrou interesse pela literatura e pelas
ciências, o que o levou a estudar medicina na Universidade de Amsterdã. Foi durante
os seus estudos, que van Eeden se envolveu com o Movimento dos “Oitentas”, que
buscava romper com as tradições literárias conservadoras e moralistas da época,
para torna-la mais artística.”
“Após concluir sua formação em medicina, van Eeden se
especializou em psiquiatria e começou a desenvolver suas teorias sobre a mente
humana. Ele defendia a ideia que os sonhos eram uma forma de comunicação entre
o consciente e o inconsciente e dedicou grande parte de sua carreira ao estudo
e à interpretação dos sonhos. Van Eeden também foi um dos primeiros a utilizar
a técnica de autoanálise para compreender os processos mentais e emocionais.”
“Em 1898, van Eeden fundou a revista “De Nieuwe Gids” (“A
Nova Guia”), na qual só eram aceitos artigos que correspondiam às normas
exigidas pelo Movimento dos Oitentas. Nela, ele publicou um artigo intitulado
“A Study of Dreams” (Um Estudo de Sonhos), no qual descreveu suas experiências
pessoais com os sonhos e suas teorias sobre sua natureza e significado. Esse
artigo marcou o início do movimento dos sonhos, que teve um grande impacto no
campo da psicologia e influenciou outros estudiosos, como Sigmund Freud.”
“Apesar de suas contribuições significativas para a
psicologia, van Eeden também enfrentou críticas e controvérsias ao longo de sua
carreira. Alguns estudiosos questionaram a validade de suas teorias sobre os
sonhos, argumentando que elas careciam de fundamentação científica sólida. Além
disso, van Eeden também foi acusado de plagiar o trabalho de outros
pesquisadores, o que manchou sua reputação.”
“Além de seus estudos sobre os sonhos, van Eeden também se
interessou por outros campos, como filosofia, literatura e política. Ele
escreveu diversos romances e ensaios, nos quais explorou temas como a natureza
da realidade, a espiritualidade e a sociedade. Van Eeden também foi um defensor
dos direitos da mulher e da igualdade de gênero e participou ativamente do
movimento sufragista nos Países Baixos.”
“O trabalho de Frederik van Eeden teve um impacto duradouro
no campo da psicologia e da literatura. Suas teorias sobre os sonhos e sua
abordagem inovadora para o estudo da mente humana abriram novos caminhos para a
compreensão dos processos mentais e emocionais. Além disso, sua participação no
“Movimento dos Oitentas” contribuiu para a renovação da literatura neerlandesa
e influenciou gerações de escritores.”
O livro “O Pequeno João”, publicado em 1885, conforme alguns
representa uma autobiografia de Frederik van Eeden. O livro foi traduzido na
época para dezenas de línguas diferentes. Não encontrei, porém, a versão
portuguesa e, por isso, resolvi traduzi-lo, a fim de dividir a beleza do mesmo com
quem ama uma boa leitura.
No dia 30 de novembro começarão as postagens semanais do
livro “O Pequeno João”!
André Oliehoek
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