terça-feira, 26 de dezembro de 2023

 




Escravidão no Suriname

Os proprietários neerlandeses de escravos no Suriname foram descritos como cruéis pelo escocês a serviço neerlandês, John Gabriël Stedman, no livro ‘Narrative of five years’ expedition against the revolted Negroes of Surinam in 1797’ (Narrativa de uma expedição de cinco anos contra os negros revoltosos do Suriname em 1797). O livro, traduzido por Johannes Allart para o neerlandês com o título: Reis naar Surinamen door de binnenste gedeelten van Guiana (Viagem a Suriname e pelo interior da Guiana) - publicado em 1799-1800 - tornou-se uma arma importante para os defensores, principalmente britânicos, da abolição da escravatura por causa da descrição dos maus-tratos por parte dos proprietários neerlandeses de escravos no Suriname e das ilustrações de William Blake desses maus tratos.

A Sociedade do Suriname recolheu uma porcentagem da renda obtida com o mercado interno de escravos. Para escapar disso, trazer escravos secretamente para terra não era incomum. Esse contrabando, também de mercadorias, era chamado de "descaminho".

Quilombolas em Suriname

A partir da chegada dos primeiros escravos da África ao Suriname, alguns deles fugiram para o interior. Eles conheciam a selva e os pântanos, e fundaram ali mini estados. De lá, invadiam fazendas, saqueavam e libertavam escravos. Os neerlandeses pouco podiam fazer a este respeito. Finalmente, a partir de 1760, a administração colonial concluiu tratados de paz com grupos de quilombolas. Capitães bem conhecidos dos quilombolas foram Adyáko Benti Basiton (conhecido como Boston Bendt), Adoe, Alabi, Boni e Broos.

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