Escravidão no Suriname
Os proprietários neerlandeses de escravos no Suriname foram
descritos como cruéis pelo escocês a serviço neerlandês, John Gabriël Stedman,
no livro ‘Narrative of five years’ expedition against the revolted Negroes of
Surinam in 1797’ (Narrativa de uma expedição de cinco anos contra os negros
revoltosos do Suriname em 1797). O livro, traduzido por Johannes Allart para o
neerlandês com o título: Reis naar Surinamen door de binnenste gedeelten van
Guiana (Viagem a Suriname e pelo interior da Guiana) - publicado em 1799-1800 -
tornou-se uma arma importante para os defensores, principalmente britânicos, da
abolição da escravatura por causa da descrição dos maus-tratos por parte dos
proprietários neerlandeses de escravos no Suriname e das ilustrações de William
Blake desses maus tratos.
A Sociedade do Suriname recolheu uma porcentagem da renda
obtida com o mercado interno de escravos. Para escapar disso, trazer escravos
secretamente para terra não era incomum. Esse contrabando, também de
mercadorias, era chamado de "descaminho".
Quilombolas em Suriname
A partir da chegada dos primeiros escravos da África ao
Suriname, alguns deles fugiram para o interior. Eles conheciam a selva e os
pântanos, e fundaram ali mini estados. De lá, invadiam fazendas, saqueavam e
libertavam escravos. Os neerlandeses pouco podiam fazer a este respeito.
Finalmente, a partir de 1760, a administração colonial concluiu tratados de paz
com grupos de quilombolas. Capitães bem conhecidos dos quilombolas foram Adyáko
Benti Basiton (conhecido como Boston Bendt), Adoe, Alabi, Boni e Broos.
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