Meu diário
As folhas do pequeno caderno medem a
metade de um A4 e são mantidas unidas por um espiral dorsal. Assim como Anne
Frank, quero confiar todos os meus segredos a um diário. Ninguém
pode saber. Nem a minha mãe. Espero ainda mais um dia,
pois não consigo soltar a promessa doce e elétrica da folha em branco. Depois, cuidadosamente, escrevo as primeiras letras na folha
vazia. Transformados em tinta azul e legíveis
para todo o mundo, os meus pensamentos mais profundos surgem no papel branco.
Assustada, procuro um lugar em casa onde
ninguém possa encontrá-lo. Perseguida pela zombaria e risos mortíferos dos meus
irmãos, me refugio no sótão, onde sei que está escondido o presépio atrás de
uma cortina, lá onde o telhado inclinado quase toca no chão do sótão. Escondo o
caderno no meio das imagens embrulhadas em jornais. Depois
de algumas horas, passo a procurar outro lugar. Imagens, mesmo sendo de santos, não vão proteger os meus sentimentos. Em
lugar nenhum encontro um espaço adequado. Não tenho quarto próprio, nem cama
própria, pois tenho que dividir uma cama de casal com a minha irmã. Aqui em
casa, nem o traseiro é da gente diz a minha mãe, cada vez que brigo com meus
irmãos dizendo que a cadeira é minha porque peguei primeiro.
O meu diário só viveu três dias. As folhas
escritas desaparecem em pequenos pedacinhos no meio do lixo, num riacho atrás
da casa.
Grappig! Had wel een vertaalmachine nodig om er achter te komen waar dit over ging.
ResponderExcluirliefs van je zus
Leuk te horen dat je het grappig vond. Ja, je zult er niet veel van begrijpen, maar nu je weet dat 'mijn dagboek" hoef je het niet meer te vertalen. Liefs. Je broer.
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