quinta-feira, 4 de abril de 2024

2º Domingo da Páscoa

 



Segundo domingo Da Páscoa - João 20, 25-28

(Os outros lhe disseram: “Vimos o Senhor”!  ... Mas Tomé replicou: ... ”Se não puser meu dedo no lugar dos pregos...não acreditarei”. Jesus lhe disse: “Porque me viste acreditaste. Felizes os que não viram e creram”.)

Tomas estava atrasado, pensava ele,
Como muitos sempre estão atrasados.
Ele já não conseguia mais acreditar,
E não era o único.
 
Mas veja como ri agora.
 
Ele reconheceu seu Senhor e Deus
no rosto do trabalhador rural,
na mulher e no filho dela,
na longa fila de pessoas
marcadas para toda a vida
pela dor e pela morte.
 
Finalmente olhou direito,

Paz e alegria serão a sua parte.


Reflexão:

 Este texto, baseado no episódio bíblico de Tomé, convida à reflexão sobre o tema da fé e da percepção espiritual. A atitude inicial de Tomé representa uma postura cética, que muitas vezes é compartilhada por pessoas que exigem evidências tangíveis antes de acreditarem em algo. Sua exigência de tocar as feridas de Jesus como prova de sua ressurreição ilustra a busca por uma confirmação física, uma necessidade de "ver para crer".

No entanto, a resposta de Jesus, "Felizes os que não viram e creram", sugere que a verdadeira fé vai além da necessidade de evidências materiais. Ela requer uma disposição para acreditar mesmo sem ter visto diretamente. Isso aponta para a ideia de que a fé é mais sobre confiança e aceitação do que sobre provas tangíveis.

O texto então descreve uma transformação em Tomé. Ele passa de um estado de dúvida e incredulidade para um reconhecimento espiritual mais profundo. Ele percebe que a presença de Deus não está apenas nas experiências sobrenaturais ou nas manifestações divinas diretas, mas também nas interações cotidianas e nas pessoas ao seu redor. Ele encontra Deus no rosto do trabalhador rural, na mulher e no filho dela, e até mesmo naqueles marcados pela dor e pela morte.

Essa mudança de perspectiva sugere que a verdadeira fé é encontrada quando conseguimos ver além das aparências superficiais e reconhecer a presença divina em todas as coisas e pessoas. É uma jornada do despertar espiritual, onde a paz e alegria se tornam acessíveis através desse reconhecimento profundo.

Em última análise, o texto nos convida a considerar que a fé não é apenas uma questão de acreditar em algo sobrenatural, mas também de perceber a presença do sagrado em nosso mundo diário e nas vidas das pessoas ao nosso redor.


(Texto: Servaas Bellemakers; Desenho: Hans Wessels; Tradução e Reflexão: André Oliehoek com ajuda da IA)

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